Empresas Potentes: boas práticas para a inclusão produtiva
de jovens-potência

Quais são os caminhos possíveis para promover a inclusão produtiva das juventudes de forma mais equitativa e justa? O que pensam jovens, organizações sociais que atuam na formação deste público e as próprias empresas sobre essa jornada?
Quais boas práticas já estão sendo implementadas pelo mercado?

Essas são algumas das perguntas que nortearam a pesquisa “Empresas Potentes”, que busca compreender e apresentar recomendações para que empresas – de todos os portes e realidades – possam contratar, cada vez mais, jovens-potência, adotando práticas mais inclusivas de recrutamento, seleção e desenvolvimento profissional.
Neste material, você vai encontrar ações e estratégias que têm dado certo e dicas práticas sistematizadas, a partir da escuta realizada por meio de rodas de conversa com as juventudes, oficina com organizações sociais formadoras e entrevistas com empresas. Confira!


A pesquisa é realizada pelo Juventudes Potentes, integrante do movimento internacional Global Opportunity Youth Network (GOYN), uma aliança formada por jovens, empresas, governos, organizações da sociedade civil e especialistas, liderada mundialmente pelo Instituto Aspen (EUA).
No país, a iniciativa é articulada pela organização United Way Brasil (UWB) e coordenada por um grupo gestor. O programa teve início em São Paulo, em 2020, a fim de catalisar mudanças sistêmicas a partir da criação de oportunidades de inclusão produtiva para jovens em situações de vulnerabilidade social, com idades de 15 a 29 anos que, em sua maioria, estão fora da escola, desempregados ou trabalhando em empregos informais.
O Juventudes Potentes é o responsável pela criação do termo jovem-potência, adotado por pessoas, organizações e pela mídia para comunicar iniciativas voltadas à inclusão produtiva e ressaltar o diferencial de público-foco da iniciativa: jovens, periféricos, diversos, motivados e criativos.
Com uma duração prevista de 10 anos, a ideia é impactar 10 mil jovens-potência por ano, totalizando 100 mil pessoas até 2030.

Sou Evelyn Muniz, tenho 22 anos, moro na Vila das Belezas, na zona sul de São Paulo, e, atualmente, atuo como trainee na área da saúde em uma multinacional. Também estou no último semestre do curso de Ciências da Computação, na Universidade Anhembi Morumbi, estudando e tentando todos os dias construir um futuro melhor para mim e para quem vem junto comigo.
A verdade é que nem sempre foi fácil. Ser jovem, mulher e da periferia significa, muitas vezes, ter que provar o tempo todo que a gente é capaz. Mas as coisas começaram a mudar quando eu encontrei projetos que me enxergam de verdade. Um deles foi o Juventudes Potentes. Nesse espaço, eu me senti acolhida, escutada e valorizada.
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Foi ali que entendi que inclusão produtiva não é só sobre conseguir um emprego. É sobre ter oportunidades reais, aprender, desenvolver-se, sentir-se parte de algo maior. É sobre ter a chance de fazer escolhas. Isso fez toda a diferença na minha vida e na forma como eu vejo o mundo.
Por isso, acredito muito que as empresas têm um papel enorme nesse processo. Quando uma empresa aposta na gente, ela não está só ajudando uma pessoa, ela está, sim, ajudando uma rede inteira: a família, a comunidade, o território. É um impacto que vai muito além do individual.
É importante que o olhar das empresas seja mais do que apenas o currículo, que percebam que o talento está em todo lugar, em todas as quebradas, em todas as histórias; e que criar espaços para a gente crescer, errar, aprender e evoluir é o que realmente transforma.
Eu sonho com um mundo no qual as juventudes não precisem lutar tanto para serem vistas. Onde a gente possa viver com dignidade, saúde e acesso a tudo o que nos ajude a sonhar mais alto. Um mundo mais justo, mais leve e mais aberto para as nossas ideias.
Então, fica aqui meu convite: olhem pra gente com carinho, atenção e vontade real de construir junto. A juventude tem potência de sobra, só precisa de espaço, oportunidade e alguém que acredite nela.

Sempre acreditei que todos os jovens têm o direito de prosperar e o poder de mudar o mundo ao seu redor. Mas também acredito que, para que possam viver isso plenamente, é preciso oportunidades. E estas devem ser criadas e oferecidas de forma genuína às juventudes, principalmente àquelas que moram em regiões periféricas e enfrentam diversas injustiças estruturais, o que reduz o acesso às oportunidades formais de trabalho e estudo, colocando-as em situação de vulnerabilidade social.
Na construção desse caminho, as empresas desempenham papel fundamental para que essas juventudes possam atingir todo o seu potencial. Ou seja, que sejam capazes de desenvolver suas aptidões e habilidades, para a concretização de uma vida mais feliz e plena.
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Inúmeras pesquisas e levantamentos mostram que incluir as juventudes nas empresas ‒ com toda a sua capacidade de inovação, disposição para aprender e protagonismo ‒ traz benefícios não só para a companhia e/ou para a pessoa jovem contratada, mas também para toda a sociedade, tanto no aspecto social, quanto no cultural e no econômico.
Um estudo produzido pelo Juventudes Potentes em 2024, que traz as Percepções e expectativas do jovem-potência sobre a Lei da Aprendizagem, identificou que a empresa que contrata jovem aprendiz contribui para:
> Renovação e diversidade: promove a diversidade de profissionais, ideias, vivências e experiências numa equipe, o que pode contribuir para um ambiente mais inovador e antenado às perspectivas das novas gerações.
> Desenvolvimento de talentos internos: investe na formação de jovens, construindo uma reserva de talentos qualificados, preparados para assumir futuras posições na empresa.
> Responsabilidade social e inclusão: contribui para a inclusão social, proporcionando oportunidades de emprego e desenvolvimento profissional para jovens em situação de vulnerabilidade.
> Engajamento e permanência: demonstra seu compromisso com o desenvolvimento de funcionários, o que aumenta o engajamento e a satisfação no trabalho, contribuindo para a permanência de talentos.
É fato que o mundo corporativo precisa reconhecer a potência das juventudes e sua contribuição para o desenvolvimento de seus negócios e de suas marcas. Por isso, inclusive, atuo há diversos anos, de forma voluntária, como mentor das juventudes e, também, como membro do Conselho Deliberativo da United Way Brasil.
Vivemos em um país onde muitos jovens não têm acesso à orientação, nem à rede de contatos ou mesmo confiança para sonhar alto. Nós, executivos com décadas de estrada, temos exatamente isto para oferecer: tempo, escuta ativa, experiência e incentivo. A próxima geração precisa de nós e, mais do que nunca, nós precisamos dela para jamais esquecer por que tudo isso valeu e continua a valer a pena.
Fazer parte desse movimento é nossa responsabilidade, mas, acima de tudo, é um enorme privilégio.
Vem comigo transformar realidades! Juntos elevamos a potência das novas gerações!
Marcos Panassol
Sócio e líder de Risk Services – Forensics da PwC Brasil e presidente do Conselho Deliberativo da United Way Brasil


45 milhões
de pessoas entre 15 e 29 anos vivem hoje no Brasil, o que representa 22% da população. O número de jovens ainda é elevado, mas está gradativamente diminuindo. Em 2012, eram quase 52 milhões nessa faixa etária.
Fonte: Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022)
2,32%
é o quanto o PIB brasileiro pode crescer se o acesso ao Ensino Médio técnico for triplicado.
Fonte: Potenciais efeitos macroeconômicos da expansão da oferta de Ensino Médio técnico no Brasil (Itaú Educação e Trabalho, 2023)
1,5%
do PIB dos países pode ser perdido se jovens de 15 a 24 anos não forem incluídos na educação ou no mercado de trabalho.
Fonte: Atlas das Juventudes (2021)
R$ 372 mil
por ano é quanto custa anualmente cada jovem que abandona a escola no Brasil
Fonte: Consequências da Violação do Direito de Acesso à Educação (Insper e Funcação Roberto Marinho, 2020)
0,3%
pode ser acrescentado ao PIB da cidade de São Paulo ao incluir produtivamente jovens-potência, o que representa um total de R$2 bilhões.
Fonte: Mapeamento dos jovens-potência na cidade de São Paulo (Accenture, 2020)
87,5%
é a taxa de permanência em contratações diversas, gerando economia no recrutamento, integração e desenvolvimento de profissionais nas empresas.
Fonte: Diversity Matters: América Latina (McKinsey & Company, 2022)


Aprendizagem
A Lei do Aprendiz (Lei nº 10.097/2000) é a legislação que estabelece a obrigatoriedade da contratação de aprendizes por empresas de médio e grande porte (entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo). É esta lei que cria o programa de Aprendizagem Profissional, na qual jovens passam a ter formação técnico profissional, desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas. A duração do trabalho de aprendiz não pode exceder seis horas diárias.

Estágio
A Lei 11.788/2008, a Lei do Estágio, define estágio como “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos.” Podem ser estagiárias pessoas que estejam matriculadas e frequentando o Ensino Superior, Educação Profissional, Ensino Médio, da Educação Especial, e anos finais do Ensino Fundamental na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

'Trainee'
Os programas de trainee são ofertados por empresas de diferentes segmentos com o objetivo de oferecer treinamentos diversos para jovens que acabaram de sair da universidade - ou na fase final da graduação - a fim de formar e preparar essas pessoas para ocupar posições dentro da companhia no futuro. Os programas variam em duração, por um período entre seis meses e dois anos, e a contratação é regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).



Nesta etapa, jovens-potência se conectam a uma organização social, instituição de ensino ou à própria empresa, por meio de oportunidades formativas. O objetivo é formar para a inserção no mundo do trabalho.

Nesta etapa, a empresa estrutura, de forma estratégica, a inclusão das juventudes em seu quadro e realiza o desenho de como este processo será: via programa de aprendizagem, estágio, trainee etc.

Nesta etapa, a empresa abre as portas para jovens, definindo o perfil das vagas, os critérios de seleção e as estratégias para atrair as juventudes. Também é o momento de comunicar as oportunidades.

Nesta etapa, jovens já estão inseridos no ambiente corporativo e vivenciam na prática a rotina da empresa.
É nessa fase que se consolidam as experiências de aprendizagem e do desenvolvimento de competências.



“Fortalecimento corporativo com investimento social”
Iniciativas: Programa Competências para a Vida e Programa de Aprendizagem
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Com operações em diferentes cidades do Brasil, a Lear estruturou sua atuação com as juventudes em duas frentes complementares. A primeira é preparatória e social, com o Programa Competências para a Vida, que atende jovens de 14 a 24 anos em situação de vulnerabilidade, trabalhando autoconhecimento, projeto de vida e habilidades para o mundo do trabalho. A segunda é corporativa e formativa, com o Programa de Aprendizagem e outras possibilidades de ingresso na empresa. Essa combinação permite que a Lear quebre barreiras de acesso, formando talentos de comunidades vulneráveis para depois conectá-los à oportunidades de emprego, seja na própria Lear ou em outras companhias.

“Diversidade como alavanca de desenvolvimento e inovação”
Iniciativas: Programas Jovem Aprendiz, Fast Pass e EY Empodera
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O diferencial da EY está em transformar inclusão social em uma estratégia de formação e atração de talentos diversos, ampliando a representatividade dentro da empresa e no mercado. O EY Empodera, por exemplo, oferece uma trilha online gratuita de capacitação para pessoas das classes C, D e E, incluindo pessoas que não concluíram o Ensino Médio, migrantes, PCD, LGBTQIA+ e indivíduos em vulnerabilidade. Durante três meses, os participantes desenvolvem competências em diversas áreas e, após essa formação, podem se candidatar e ingressar nos programas internos de porta de entrada para profissionais na empresa.

“FLIP: uma jornada de formação conectada às juventudes”
Iniciativa: Projeto FLIP
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A Accenture do Brasil conta, desde 2024, com o Programa Fly High, liderado pela área de Recursos Humanos, que é composto por diversas iniciativas voltadas para o desenvolvimento e a capacitação de profissionais. Como parte dessas ações, foi criado, do FLIP, um projeto de formação de inclusão produtiva, com o objetivo de capacitar e inserir no mercado de trabalho jovens de 15 a 25 anos, em situação de vulnerabilidade social, por meio de uma jornada de aprendizagem e capacitação, com duração de três meses. A alta liderança da companhia esteve envolvida desde o início na implementação e execução do programa e o processo envolveu uma rede colaborativa de stakeholders, incluindo empresas, organizações sociais e os próprios jovens.

“Olhar 360 graus para o desenvolvimento das juventudes”
Iniciativa: Programa Jovem Aprendiz Magalu
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A aposta do Programa Jovem Aprendiz Magalu, do Magazine Luiza, é que as juventudes que ingressam na empresa possam ter acesso a uma trilha de desenvolvimento que reúne uma série de iniciativas, como plataforma com cursos exclusivos para jovens aprendizes que os preparam para o mercado, assim como para desenvolver soft ou hard skills; encontros online mensais para tratar de assuntos pertinentes ao dia a dia de trabalho e do contexto social das juventudes; programa de incentivo para formação acadêmica; reforço escolar; mentorias; e apoio com psicopedagoga em caso de dificuldades de aprendizagem.

Inclusão, desenvolvimento e formação de jovens líderes
Iniciativa: Programa de Estágio, com destaque para P&G pra Você
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Desde 2020, a empresa desenvolve o P&G pra Você, programa afirmativo voltado a jovens negros universitários. Após o processo seletivo, os participantes se preparam, durante um ano, para ingressar na empresa. Nesse período, recebem bolsa integral para estudar inglês, contam com um processo de mentoria individual com líderes da P&G, além de treinamentos corporativos, voltados a preparar os jovens para os desafios e exigências do estágio gerencial. Ao final do ciclo, após a aprovação no teste de proficiência em inglês, os participantes estão aptos para iniciar no estágio gerencial da empresa.

Oportunidades, desenvolvimento e mobilidade social
Iniciativa: Access Your Potential (AYP)
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A PwC do Brasil promove, desde 2021, o Access Your Potential (AYP), um programa que é catalisador de oportunidades com foco no desenvolvimento e na mobilidade social voltado para jovens de 18 a 26 anos, de todas as regiões do país. A formação conta com mentorias, cursos online de curta duração, masterclasses exclusivas e um hackathon imersivo. Todas as ações são realizadas em parceria com o voluntariado. Embora a contratação na PwC não seja o objetivo final do programa, essa possibilidade pode ocorrer ao término do ciclo.

Formação de jovens como estratégia para a redução da pobreza
Iniciativa: Programa Formare e estratégia social para as juventudes
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Na Suzano, o trabalho com juventudes é parte essencial do compromisso de reduzir a pobreza nas regiões onde atua. Até 2030, a meta é contribuir com a retirada de 200 mil pessoas da linha de pobreza, conectando educação, qualificação profissional e empregabilidade como caminhos de transformação. Entre as iniciativas de desenvolvimento local promovidas pela Suzano, destaca-se o Formare, realizado em parceria com a Fundação Iochpe desde 2005. Ele oferece formação técnica e socioemocional para jovens em situação de vulnerabilidade, unindo uma metodologia de educação por competências a uma experiência imersiva dentro das plantas industriais da empresa.

Jornada imersiva para ampliar conhecimentos sobre o mundo do trabalho
Iniciativa: Programa de Verão
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O Programa de Verão, da Zurich Santander, nasce com o desejo de oportunizar a jovens recém-formados do Ensino Médio uma vivência no universo de uma grande empresa, dialogando e aprendendo diretamente com executivos. A primeira edição contou com a seleção de 10 jovens, maiores de 18 anos, em situação de vulnerabilidade do Nordeste e Sudeste que, durante três semanas, vivenciaram a rotina da multinacional em São Paulo em uma jornada imersiva que incluiu também atividades culturais na capital paulista. O itinerário formativo foi desenvolvido por diversas áreas da empresa e engajou mais de 40 pessoas voluntárias. As atividades envolveram palestras, dinâmicas e resolução de desafios reais da empresa.

Conheça as principais recomendações levantadas no âmbito da pesquisa para todas as etapas da jornada de inclusão produtiva das juventudes: Formação, Planejamento da empresa, Recrutamento e Trabalho.
As recomendações foram elaboradas com base na análise das práticas, desafios e aprendizados identificados nas entrevistas com as empresas, oficina promovida com as organizações formadoras, roda de conversa com jovens-potência e materiais de referência utilizados.

1.
Priorizar o entorno da empresa e das organizações parceiras, atuando em territórios próximos para captar jovens-potência, reduzindo barreiras de deslocamento e fortalecendo vínculos com a comunidade local. Ao ampliar a busca por escolas públicas, organizações sociais e coletivos, é possível alcançar jovens que ainda não acessam redes formais de empregabilidade e aumentar o impacto da formação.
2.
Atualizar metodologias, materiais e linguagens para dialogar com as novas gerações, incorporando recursos dinâmicos, linguagem acessível e estratégias participativas que despertem o interesse e mantenham o engajamento das juventudes.
3.
Articular os conteúdos formativos com as demandas das empresas, inclusive oferecendo vivências práticas e aproximação gradual com o ambiente corporativo, por meio de visitas técnicas, mentorias e experiências reais.
4.
Garantir apoio logístico e financeiro, como transporte, alimentação e conectividade, viabilizando a permanência nas formações, especialmente para aquelas pessoas em situação de vulnerabilidade que poderiam desistir por falta de recursos básicos.
5.
Criar espaços permanentes de escuta e troca ao longo do percurso formativo, permitindo que jovens avaliem as metodologias, apontem melhorias e construam o processo de forma mais participativa.

1.
Integrar os programas de inclusão de jovens à estratégia do negócio, definindo metas e indicadores claros que alinhem a necessidade de desenvolvimento de talentos com o compromisso social da empresa, garantindo impacto sustentável e resultados concretos.
2.
Mapear previamente as áreas e funções que receberão jovens, considerando tanto o potencial de aprendizado quanto os interesses individuais, para evitar alocações inadequadas e favorecer percursos de desenvolvimento coerentes e interessantes.
3.
Definir objetivos claros para o programa de inserção produtiva e alinhar expectativas entre empresa, jovens e organizações parceiras, garantindo que todas e todos compreendam o propósito, as responsabilidades e os benefícios envolvidos.
4.
Engajar lideranças e equipes desde a concepção do programa, construindo uma cultura de corresponsabilidade para o acolhimento, a mentoria e o desenvolvimento de jovens, e não apenas delegando à área de Recursos Humanos.
5.
Preparar a gestão e suas equipes para atuar no desenvolvimento de jovens, oferecendo formações específicas sobre o papel formativo do trabalho, letramento social e diversidade, para que acolham e orientem cada jovem com sensibilidade e eficiência.

1.
Tornar o processo seletivo mais inclusivo e transparente, valorizando o potencial e as experiências de vida das juventudes, considerando que não possuem histórico profissional e precisam de oportunidades para se desenvolver.
2.
Comunicar de forma clara e acessível todos os requisitos, benefícios e etapas do processo, com linguagem próxima à realidade das juventudes e evitando termos técnicos que possam gerar insegurança ou afastamento.
3.
Diversificar os canais de divulgação das vagas, por meio de parcerias com organizações sociais, coletivos e escolas, amplia o alcance das oportunidades e garante maior diversidade entre candidatas e candidatos, especialmente entre as pessoas com menos acesso à internet.
4.
Reduzir etapas excludentes e flexibilizar exigências desnecessárias, como domínio de idiomas ou habilidades técnicas específicas, que limitam o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade.
5.
Definir metas de diversidade e inclusão para garantir representatividade nos processos seletivos, garantindo equidade no processo de seleção e reforçando o compromisso social da empresa.

1.
Estruturar um processo de acolhimento e integração que garanta o pertencimento de cada jovem desde o início, apresentando a cultura, os valores e o funcionamento da empresa de forma clara, acolhedora e acessível para quem está ingressando no mercado de trabalho.
2.
Designar pessoas mentoras, tutoras ou madrinhas e padrinhos para acompanhar de perto o desenvolvimento de cada jovem, oferecendo apoio prático, orientação sobre rotinas e incentivo para superar desafios, criando uma rede de suporte efetiva.
3.
Definir de forma transparente as atribuições, tarefas e percursos de aprendizagem, evitando sobrecarga, funções desalinhadas ou expectativas incompatíveis com o estágio de desenvolvimento de cada jovem.
4.
Oferecer formações complementares e trilhas de desenvolvimento contínuo, abordando tanto competências técnicas quanto comportamentais para manter o estímulo e o crescimento de cada jovem durante o período de aprendizagem.
5.
Sensibilizar gestoras e gestores sobre o papel formativo do trabalho e a importância de respeitar o tempo de aprendizagem de cada jovem, reforçando que o objetivo principal é o desenvolvimento e não apenas a produtividade imediata.




Nome: Percepções e expectativas do jovem-potência sobre a Lei da Aprendizagem
Ano: 2024
Autor(es): Juventudes Potentes - United Way Brasil, com apoio técnico do Lab&Tal Consultoria


Nome: Injustiças estruturais entre jovens na cidade de São Paulo
Ano: 2023
Autor(es): Juventudes Potentes - United Way Brasil, com apoio técnico da Rede Conhecimento Social e Conectar Pesquisas


Nome: O futuro do mundo do trabalho para as juventudes brasileiras
Ano: 2023
Autor(es): Juventudes Potentes - United Way Brasil, Itaú Educação e Trabalho, Fundação Arymax, Fundação Roberto Marinho, Fundação Telefônica Vivo, com execução do Instituto Cíclica e apoio do Instituto Veredas


Nome: Inclusão produtiva de jovens: levantamento de boas práticas nacionais e internacionais Ano: 2023 Autor(es): Vozes da Educação, com apoio do Instituto Unibanco


Nome: Jovens negros e o mercado de trabalho Ano: 2022 Autor(es): Instituto de Referência Negra Peregum, Afro-Cebrap e Banco Mundial


Nome: Inclusão produtiva de jovens com Ensino Médio e Técnico: experiências de quem contrata Ano: 2022 Autor(es): Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax e Plano CDE


Nome: Cartilha boas práticas para contratação de jovens aprendizes em TIC Ano: 2024 Autor(es): Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES)


Nome: Construindo um futuro inclusivo – Guia prático para empresas Ano: 2024 Autor(es): MUVA, Instituto PROA e Juventudes Potentes - United Way Brasil, com a parceria de A.C.Camargo Cancer Center, BUNGE, Confitec, Fundação Portos, iFood, JLL, Mondelēz e Vivo


Nome: Juventudes no Brasil - Guia de diretrizes, estratégias e boas práticas de investimento social privado para e com as juventudes no Brasil Ano: 2024 Autor(es): Rede Temática de Juventudes do GIFE (RT Juventudes)


Nome: LINC – Laboratório de Inclusão Produtiva das Juventudes
Autor(es): UNICEF, 1MiO, FGV DGPE, Itaú Educação e Trabalho, Instituto Unibanco e Fundação Arymax


Nome: Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes: um chamado para a ação
Autor(es): Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), UNICEF e Organização Internacional do Trabalho (OIT)


Nome: Plataforma Juventudes e Trabalho
Autor(es): Fundação Roberto
Marinho e Iede, com parceria da Fundação Lemann, Fundação Itaú e Itaú Educação e Trabalho
Ficha técnica
United Way Brasil
Gabriella Bighetti
CEO da United Way Brasil
Nayara Bazzolli
Gerente do Programa Juventudes Potentes
Carla Francischette
Analista de Monitoramento e Avaliação
Coordenação técnica do estudo
Estúdio Cais – Projetos de Interesse Público
Coordenação
Daniele Próspero
Equipe de pesquisa e elaboração do texto
Ivy Moreira
Mariana Mota
Daniele Próspero
Maria Victória de Oliveira
Revisão ortográfica
Marta Pachiella Martinez
Projeto gráfico e diagramação
Isabela Rosa
Jovens participantes da roda de conversa – Integrantes do Núcleo Jovem
Ellana Alves Santos, Evelyn Muniz, Isabelly Ferreira Cardoso, Kemilly Stéphanie Caetano Silva, Samy Alves, Tammy Vitória Felizardo da Silva, Vitória Oliveira e Yasmin Pereira.
Organizações sociais formadoras participantes de oficina
Aldeia do Futuro, Celeiro Vó Túnica, Centro para Juventude – Ademir de Almeida Lemos, Crescer Rotary, EE Beatriz de Quadros, EE Jardim Capela IV, EE Leopoldo Santana, EE Profª Renata Graziano de O. Prado, Espro, Instituto Ana Rosa, Instituto CEJAM, IOS – Instituto da Oportunidade Social, ISBET – Instituto Brasileiro Pró Educação, Trabalho e Desenvolvimento, Instituto Proa, Instituto Via de Acesso, Liga Solidária, Rede Cidadã e Sebrae.
Empresas participantes da pesquisa
Accenture do Brasil, Coca-Cola FEMSA Brasil, EY Brasil, Lear Corporation, Magazine Luiza (Magalu), P&G Brasil, PwC Brasil, Suzano S.A. e Zurich Santander.